A árbitra foi a francesa, Stéphanie Frappart; a auxiliar número 1, a brasileira, Neuza Inês Back, e a auxiliar número 2, a mexicana, Karla Diaz Medina. As três fazem parte da lista de 36 árbitros que participam do torneio no Catar.
Além delas, também representam a equipe feminina no Catar, a ruandesa Salima Mukansanga, a japonesa Yoshimi Yamashita (árbitras principais) e a americana Kathryn Nesbitt (auxiliar).
Neuza Inês Back, catarinense, 38 anos, é natural de Saudades, no oeste catarinense, formada em Educação Física, iniciou sua carreira na Federação Catarinense de Futebol em 2006. Atua na Série A do Campeonato Brasileiro masculino desde 2009 e em 2014 tornou-se árbitra assistente da Fifa.
Neuza tem em seu currículo os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e a Copa do Mundo feminina em 2019. Realizada no Estádio Al Bayt, em Al Khor, no Catar, a partida válida pelo grupo E, em que a seleção da Alemanha venceu a Costa Rica por 4 a 2, estará guardada para sempre na história das copas e do esporte mundial.
Um jogo marcante, não só na história das Copas, mas, sobretudo do esporte mundial. O trio de arbitragem fez um excelente trabalho. A árbitra, Stéphanie, teve o controle do jogo, acompanhou de perto os lances e mostrou segurança nas suas decisões.
O mesmo se deu com as auxiliares, Neuza e Karla. Muito mais do que uma partida, é um marco, não só para a conquista das mulheres, mas para o mundo. Representa o reconhecimento da competência, da dedicação e do esforço.
De profissionais capacitadas e que nos mostram que tudo isso, independe de gênero, idade ou nacionalidade. Uma quebra da hegemonia masculina que perpassou 90 anos.
E mais emblemático ainda é que isso aconteça num país bastante criticado pelo papel reservado à mulher em sua sociedade, e onde em alguns lugares e situações, elas são ignoradas. É muito mais que esporte.
# Texto publicado no jornal Notícias do Dia em 08 de dezembro de 2022.
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