Welissa e Kemelly representam o hoje e o amanhã do volei brasileiro. Aquela com a carreira já consolidada, campeã olímpica, experiente e com muita bagagem esportiva. Esta uma garota, que busca seu espaço nas quadras.
Estou falando de Welissa de Souza Gonzaga, a Sassá, mineira, 40 anos. A atleta começou a se destacar no mundial juvenil onde representou a Seleção Brasileira pela primeira vez em 2001.
Em 2004, conquistou o 4º lugar nas Olimpíadas de Atenas. Foi medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequin (2008) e medalha de prata nos Jogos Pan-americanos em 2007, entre outros títulos.
Nesse ano de 2022, Sassá disputou a 61ª edição do Jogos Abertos de Santa Catarina pela equipe de Brusque. Para Sassá, que tem a meu ver, a humildade como uma grande virtude, no qual pude observar pelo tratamento dispensado com todos que a procuravam para tirar foto, dar um abraço, um autógrafo...
Ao ser questionada sobre participar dos Jasc, Sassá falou carinhosamente assim: “eu tive o prazer de disputar os Jasc em 2021 e fiquei surpresa pelo tamanho do campeonato e desde lá pude perceber a paixão que os catarinenses tem pelos Jasc. Foi algo que mexeu muito comigo e estou muito feliz em representar novamente a equipe de Brusque”.
Sobre a mescla de atletas experientes e com uma carreira consolidada e jovens talentos que estão iniciando no esporte, Sassá ressalta a importância disso para o aperfeiçoamento do volei catarinense e brasileiro. “Essa troca de experiência é de extrema importância. A gente tenta passar um pouco do que a gente já passou no esporte e as mais jovens nos motivam com a sua garra e com a sua vontade. Isso nos motiva demais”, finalizou.
Já Kemelly Vitória Miecznikoski Baez, catarinense, 16 anos, está iniciando sua trajetória de atleta. Kemelly iniciou no volei aos 10 anos de idade, em 2016, mas somente em 2018 é que participou de seus primeiros campeonatos.
Apesar da idade, Kemelly já está acostumada a jogar em categorias acima da sua e a colecionar títulos. Em maio de 2022, ela foi campeã da Copa Mercosul, em Novo Hamburgo (RS) e campeã regional dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. Conquistou também o 3° lugar na Taça Paraná em 2019, o vice campeonato estadual em 2021 e o 3°lugar da Olesc em 2021.
Foi atleta do ABC volei de Balneário Camboriú antes de se transferir para a equipe de Brusque, Abel Moda Volei.
Ela ressalta que o começo foi bastante difícil, mas que consegue perceber a importância de tudo o que passou e que segundo sua concepção, a fizeram mais forte, como pessoa e como atleta.
“Eu tive várias experiências, fui ao laboratório da seleção brasileira, fiz teste na seleção catarinense, fui chamada para jogar em equipe s de outro estado e até do exterior [Itália]. Mas acredito que ainda não é a hora. O momento certo chegará um dia, sei disso”, disse a jovem com alegria.
Para Kemelly, participar de uma competição tão importante tendo ao lado alguém tão conceituada no volei brasileiro e mundial é incrível. “É muito incrível estar aqui e jogar com a Sassá e com essa equipe é uma oportunidade de experenciar momentos que levarei para toda vida”.
Após tudo que conversei com vocês e pude sentir nas entrelinhas, lembrei do atleta fenomenal e que dispensa comentários, um ícone do esporte mundial, Michael Jordan, quando afirmou que “algumas pessoas querem que aconteça; outras desejam que aconteça; outras fazem acontecer”.
Sassá e Kemelly façam acontecer. Que esse encontro de gerações traga muitas alegrias e conquistas. Não só para a equipe de Brusque, mas para o volei brasileiro...
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