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quinta-feira, 8 de abril de 2021

A paixão pela Astronomia inspirada por um Mestre espetacular


08 de Abril. Dia Mundial da Astronomia. Quinta-feira, dia de #tbt. Vou aproveitar para relembrar meu primeiro contato com a Astronomia. Eram meados de fevereiro de 1993, início do primeiro semestre letivo na UFSC.  Após um concorrido vestibular, a aprovação para o Curso de Licenciatura em Geografia. Ufaaaaa. Enfim, calouro da UFSC. Quanto orgulho e quanta gratidão principalmente a meu pai e minha mãe que me apoiaram em minha escolha e disseram: "- acreditamos em você. Faça o melhor que puder e o restante será consequência de sua dedicação". E chegando a primeira semana de aula, vislumbrado com o início da vida universitária, conhecendo os novos colegas da turma 1993.1, fomos convidados pelo brilhante e inesquecível Prof. Paulo Araújo Duarte a refletirmos sobre nossa condição de passageiros na esplêndida "espaçonave" chamada Planeta Terra. Suas palavras, seus exemplos e suas indagações sobre os mistérios do Universo eram como histórias vivenciadas por ele, tamanho era o encanto com que aquele professor se dirigia aquela turma. O papel do Prof. Paulo foi fundamental para que a Astronomia se tornasse a minha primeira paixão no curso de Geografia. A partir daí, leituras, visitas ao Planetário, a participação num curso do GEA (Grupo de Estudos de Astronomia), entre outros eventos. O tempo foi passando, outras disciplinas, outras situações... Mas mesmo após duas décadas, todas as vezes que olho para o céu, principalmente a noite, lembro de outra célebre frase daquele Mestre espetacular: "- ao olhar o céu, observamos o passado". Isso ocorre porque a luz pode levar até milhões de anos para sair de um corpo celeste e chegar à Terra. Só podemos enxergar os objetos que nos cercam porque eles estão emitindo ou refletindo luz, que, ao atingir nossos olhos, proporciona a formação nítida de imagens. Tudo isso me levam a refletir sobre nosso papel no universo. E para você que está lendo, agradeço sua atenção e seu carinho e faço minhas, com toda a humildade e homenagem, as palavras do espetacular Carl Sagan que nos diz que "diante da vastidão do tempo e da imensidão do Universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você". 


domingo, 4 de abril de 2021

Distanciados dos outros, próximos de Deus...

Num dia desses fui a Igreja participar de uma Missa. Uma celebração com 
um contexto que jamais pensei que iria presenciar no decorrer de minha existência. Num primeiro momento, veio o estranhamento, devido a pandemia do Covid-19, todos com máscaras e com lugares demarcados, distanciados uns dos outros. No data show, um aviso enfatizando tudo isso: evitem aglomerações, cumprimentos e observe a distância prevista. Antes da missa começar, fiquei a observar todo o entorno na tentativa de experienciar esse momento, apesar de tudo, muito marcante. Em particular, nesse ano de 2020, com o mundo assolado pela pandemia da Covid-19 que provocou incertezas e preocupações sobretudo no ato de crer e esperar. Marcante pois como nos diz Dom Leomar Antonio Brustolim, bispo auxiliar de Porto Alegre e doutor em Teologia, "foi suficiente o menor e mais informe elemento da natureza, um vírus, para recordar a condição mortal da vida humana". E Dom Leomar, nos diz mais: "inseguro diante do desconhecimento da nova realidade imposta por um vírus que mata, impotente e incapaz se definir as rotinas", o ser humano precisa lidar com essa nova realidade. Muitos mesmo na eminência do perigo, saíram de seus lares em busca de Deus. Era possível perceber a alegria, o carinho e o louvor à Deus,  daquelas pessoas em casa verso pronunciado,  em cada canto entoado, em cada gesto tão significativo para a Celebração Eucarística e o Rito Católico. E no momento do recebimento da Eucaristia. Que momento! Simplesmente fantástico. As máscaras, objeto de proteção individual nesses tempos de pandemia, são retiradas para que os fiéis recebam a proteção da alma, Jesus Cristo presente na hóstia consagrada. Fui para casa com o coração transbordando de gratidão a Deus por ter me dado a oportunidade de estar ali nesse momento. E após alguns minutos de reflexão, me veio a mente as sábias  palavras de Santo Inácio de Loyola, "não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear internamente as coisas". Todos distanciados uns aos outros, mas muito próximos de Deus.
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Janeiro de 2021. 

E como esquecer daqueles que tocaram meu coração e minha vida...

E como esquecer daquele final de tarde no dia 01 de fevereiro de 1997, quando no Auditório de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)...