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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Einstein e a inveja alheia

 


Certo dia, observei nos stories do Instagram os seguintes dizeres: “Assim como Albert Einstein, agradeço a todos aqueles que riram de mim, e, me chamaram de burra, consegui realizar meus sonhos tendo plateia como vocês. E ainda tem muito mais metas a serem alcançadas, sendo o grande motivo de estar trabalhando e estudando feito louca”. A pessoa que postou tais pensamentos, citava o magnífico Albert Einstein, um dos gênios do século XX, que certa vez, vivenciou uma situação bastante comum nos dias de hoje.

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Einstein foi até um quadro e escreveu a tabuada de nove e ao chegar na última multiplicação, colocou o resultado de forma incorreta: 9 x 10 = 91. Muitos ao verem isso, zombaram dele, como poderia ter errado algo tão simples para um físico como ele?  Einstein, respondeu da seguinte maneira: “... Apesar de eu ter acertado outras 9 ninguém me felicitou, mas a única que eu errei, virou chacota!”. Voltei o stories, observei novamente cada detalhe, parei um pouco e refleti o quão profundas e intensas eram essas palavras, que a certo ponto, poderiam passar despercebidas.

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Fiz uma breve análise a partir do que poderia estar naquelas entrelinhas. E comecei a escrever, o que a meu ver, aquela pessoa pode ter feito para conseguir chegar a seus objetivos. A essência de tudo isso para mim foi a presença de tamanho senso de Conquista. Mas fiquei imaginando que ao longo dessa trajetória, existiram muitos obstáculos, inquietações e desafios que agora em seu discurso soam como algo secundário.

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E é assim que acontece. Quando sonhamos e temos um objetivo bem claro, para torná-lo realidade, nada pode nos deter. E, acredito que a inveja alheia em alguns momentos se transforma num poderoso trampolim para o nosso sucesso. Penso que a melhor resposta em situações semelhantes a essa é muito mais para nós do que para os outros. Uma ironia, uma palavra maldosa, ou mesmo uma fala, sem querer, mexe conosco e nos impulsiona para mostrarmos para nós mesmos o quanto somos capazes. 

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E o mais gratificante, como professor, foi presenciar tudo isso e perceber que foi, a crença de que a educação e seus caminhos, é que possibilitaram toda a transformação dessa história de vida. Por isso, digo a cada momento que posso a meus alunos, não deixe ninguém escolher o que você quer ser ou fazer. E siga as palavras de Einstein, “não deixe que críticas, destruam os seus sonhos”. 

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E como nos diz um antigo ditado popular, “a cada pedra que jogarem em você, guarda-as, e construa um castelo”. 

 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 3 de agosto de 2021

Atletas são humanos primeiro



“Tenho que me concentrar na minha saúde mental”. Uma simples frase para muitos, dita por uma das principais ginastas e medalhista olímpica, norte-americana, Simone Biles. 

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Uma frase que poderia passar despercebida a tantos momentos nas Olimpíadas de  Tóquio (2021), mas que nos faz pensar sobre um dos maiores problemas vivenciados por milhares de pessoas na atualidade: o desgaste psicológico.

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Muitos imaginam que um atleta de alta performance, como é o caso dela, é um “super herói” que consegue ser forte contra tudo e contra todos. Esquecem que cada pessoa tem uma caminhada, uma história... Marcadas por escolhas, renúncias, treinos e mais treinos. E com eles, muita cobrança e inquietações.

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Um dos dizeres de Biles que me marcou bastante nos últimos dias foi postado em seu perfil no Instagram (@simonebiles), onde ela afirma: “Eu realmente sinto que tenho o peso do mundo nos ombros às vezes”.

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E isso ocorre, pois, atletas do nível dela, sabem que competir não é somente vencer seus adversários e conquistar uma medalha, mas, sobretudo, superar seu próprio limite. Em várias circunstâncias, observamos atletas emocionados, não com a colocação que conseguiram ao final da modalidade que competiram, mas com a evolução que tiveram ao longo de sua trajetória.

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Acredito que Biles ficará marcada na história pela coragem de mandar essa mensagem ao mundo: não importa o que façamos, devemos cuidar de nossa saúde mental.

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Precisamos desacelerar nossos pensamentos, aprender a gerir a nossa mente, trilhar o caminho do meio, o caminho do equilíbrio, lembrando o magnífico japonês, fundador do Judô, Jigoro Kano. 

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Podemos e devemos nos dedicar ao máximo em tudo o que formos fazer, tendo claro que esse “máximo” não é igual para todos, é algo muito particular. Guarde como exemplo essa iniciativa dessa brilhante ginasta norte-americana. Mas não faça da desistência um hábito. 

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Tenha em mente que em alguns momentos, desistir é o mais saudável a se fazer naquele momento. Saiba valorizar as escolhas que você fizer. Mesmo não sendo a escolha que os outros esperam. Afinal, só você sabe o que você passou, passa e sente. 

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Lembremos da mensagem da lagarta azul, Absolem, de Alice no país das maravilhas, “você não deve viver a vida como outras pessoas esperam que você viva, tem que ser sua escolha...”. 

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Parabéns Biles.


E como esquecer daqueles que tocaram meu coração e minha vida...

E como esquecer daquele final de tarde no dia 01 de fevereiro de 1997, quando no Auditório de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)...